... restos de ontem, são fragmentos de um tempo que se foi. São partículas inquietas, que pairam no vácuo do pensamento (qual baú empoeirado e bafiento) e nos devolvem momentos de inolvidáveis sensações. Algures, num ontem já distante, foram razões importantes que a memória cuidou, que guardou como quem guarda uma fortuna pela eternidade, ainda que de uma eternidade efémera se trate, como o é a nossa vida. No dia em que o corpo se prostrar e a alma se quedar, a eternidade sucumbirá também, levando consigo toda aquela fortuna. Cada vida tem uma, todas diferentes, todas iguais, consoante o valor que cada um lhe dá. Aqui nada se doa, nada se herda, vive-se e morre-se... só!

4 impulsos:

Nadine Granad disse...

Triste... e belo!

Abre seu baú particular de sentidos ;)

Beijos =)

Mel de Carvalho disse...

Não só de todo, Cleo. Há sempre algures alguém que nos recorda, alguém que de nós "a memória cuidou", e que volta com um abraço nos braços e nos diz: as palavras são-nos eternidade...

O teu texto? Os teus textos? minha amiga, é de longe, tão longe quanto me lembro do meu caminho fragmentado na net que te leio. Porque será? A tua prosa é-me, Cleo, especialmente preferencial.

Beijo daqui
Carinho da Mel

Jonel disse...

Sempre delicioso ler-te.
bj

Maricota disse...

òtimo post... Resumo de nossas vidas!!!