É uma fada em corpo de mulher
Uma menina doce
Que tem até, mel no seu nome...
Sabe brincar com as palavras
De todas as formas reais, possíveis e impossíveis
E até imaginárias…
Como nunca o vi em ninguém!
Usa um vestido lindo
Feito por si
Tricotado com o linho da humildade
Quando diz não ser poeta
Mas apenas e só
… sua aprendiz!
Assim… sem vaidades
Sem falsas modéstias
Fala das suas vidas passadas
(Acredita que teve várias...)
Com a mesma intensidade
Como se estivesse ainda dentro delas!
Fala das suas dores, que lhe arrancam até as entranhas...
Das desilusões
De amores e desamores…
Dos caminhos que trilhou, por atalhos entre silvados, em bosques sombrios...
Mas fala também do mar
Do seu maravilhoso e indizível mar...
Por quem um dia se apaixonou
E foi num desses momentos a ele dedicados
Em que, tão embevecida, o admirava
Entre uma e outra onda
Da sua espuma branca, se soltou um presente
Que o seu amado lhe oferecia…
Correu à beira da água e apanhou algo da areia molhada
Era algo pequeno mas tão precioso
Que lhe abriria a porta grande, por onde haveria de entrar, triunfante…
Mas afinal que presente misterioso seria aquele?
Era tão somente
… a chave do Amor!
Certa vez, quis o destino
Que os nossos caminhos se cruzassem
Para que eu pudesse sentir
Todo o seu carinho
E verdadeira amizade
Vindo lá do fundo
Da sua alma grande e imensamente generosa
Podem até, passarem-se séculos ou milénios
O que for...
Mas nunca mais, nos haveremos de perder uma da outra
Duas almas gémeas, (tão iguais e tão diferentes...)
Muito menos... esquecer!



Dedicado a uma pessoa por quem tenho um grande carinho e uma enorme admiração

Mel de Carvalho


Meus amigos, volto em Setembro!