Rosas espinhosas...
Um resto de nada...
Murmúrios imperceptíveis
Eclodem do nada
Sombras que se arrastam
Em meu redor
Estranhas vozes
Que me perseguem...
Espíritos invisíveis
Perdidos...
Que vagueiam
Sem rumo...
Estão por toda a parte
De mão estendida...
Mendigos do destino
Que lhes rogou a sorte
Na ausência da vida
Algures perdida
A caminho da morte...
Estão mortos
Só que ainda não sabem...
Velhos escritos...
São pequenos restos
De coisas tão velhas
Sem grande importância...
São pedaços de histórias
São rastos de memórias
Que sobreviveram ao tempo...
Talvez guardem segredos
De outras vidas passadas
De tormentas e venenos...
Talvez sejam cartas
Esborratadas
Por tantas... e tantas
Lágrimas derramadas
Talvez sejam apenas
... poemas...
De coisas tão velhas
Sem grande importância...
São pedaços de histórias
São rastos de memórias
Que sobreviveram ao tempo...
Talvez guardem segredos
De outras vidas passadas
De tormentas e venenos...
Talvez sejam cartas
Esborratadas
Por tantas... e tantas
Lágrimas derramadas
Talvez sejam apenas
... poemas...
Misteriosas esmeraldas...
Na candura do seu belo olhar
Que quase me fulmina...
Tento adivinhar
Que cor terão os seus sonhos...
Na incerteza
Realço a beleza
De todo esse verde
Que me entra pela retina...
Mas que mistério
Esconderão esses olhos
Tão belos?
Mas que me parecem
Tão tristonhos...
Que quase me fulmina...
Tento adivinhar
Que cor terão os seus sonhos...
Na incerteza
Realço a beleza
De todo esse verde
Que me entra pela retina...
Mas que mistério
Esconderão esses olhos
Tão belos?
Mas que me parecem
Tão tristonhos...
Em silêncio...
Aquieto-me no colo da noite
Que me aconchega
Com o xaile negro do silêncio
Acendo um cigarro
Oferecido pela morte
Que me engana
Com o prazer do momento
Vou bebendo do meu cálice de Porto
Envelhecido pelo mesmo tempo
Que me envelheceu o corpo
Mergulho num mar de pensamentos...
Que me aconchega
Com o xaile negro do silêncio
Acendo um cigarro
Oferecido pela morte
Que me engana
Com o prazer do momento
Vou bebendo do meu cálice de Porto
Envelhecido pelo mesmo tempo
Que me envelheceu o corpo
Mergulho num mar de pensamentos...
Do outro lado... de cá
Nem sentes
Como te ferem
Essas pedras aguçadas
Arremessadas...
Quando te debruças
E espreitas
O outro lado
De ti...
Era lá que querias estar
Eu sei...
Como te ferem
Essas pedras aguçadas
Arremessadas...
Quando te debruças
E espreitas
O outro lado
De ti...
Era lá que querias estar
Eu sei...
Alma roubada... trancas ao corpo!
Quem és tu?
Quem és tu?
Que chegas de mansinho
Sem ser esperada...
Ora te vestes de negro
Como a noite escura...
Ora de branco
Como a alvura da madrugada...
Quem és tu?
Que te passeias sem pedir licença
Pela estrada larga do pensamento
Reparei que te sentas
Quase sempre naquele banco
No tal lugar dos ausentes...
Acaso te chamarás saudade?
Que chegas de mansinho
Sem ser esperada...
Ora te vestes de negro
Como a noite escura...
Ora de branco
Como a alvura da madrugada...
Quem és tu?
Que te passeias sem pedir licença
Pela estrada larga do pensamento
Reparei que te sentas
Quase sempre naquele banco
No tal lugar dos ausentes...
Acaso te chamarás saudade?
Eus...
Tenho um baú de máscaras
São todas invisíveis
Fascinantes...
Uso-as quase sempre
Quando dou vida a outros eus...
Eus que vivem no meu inconsciente
Do outro lado do meu rosto...
Porque nem sempre
Sou aquilo que escrevo
Quando imagino...
Quando invento...
É um eu diferente
Que me dita
E eu... apenas escrevo!
São todas invisíveis
Fascinantes...
Uso-as quase sempre
Quando dou vida a outros eus...
Eus que vivem no meu inconsciente
Do outro lado do meu rosto...
Porque nem sempre
Sou aquilo que escrevo
Quando imagino...
Quando invento...
É um eu diferente
Que me dita
E eu... apenas escrevo!
E outro ainda... mais este
Louca paixão de sereia...
Ancorei no teu porto
Onde as gaivotas se passeavam
Pelas suaves brumas da madrugada
Desejei-te ali
Esperei-te um tempo sem fim
Mas a tua presença foi uma miragem...
Pescador dos meus sonhos
Por ti me perdi
Quando em ti entrei
Pela escotilha do encanto
No meu canto de sereia
Naquela noite fria
Ao luar de Janeiro
Sete luas se passaram
E eu não te esqueci...
Vindo em busca de ti
Para aliviar o meu tormento
E hoje... não te vi...
O cansaço tomou conta de mim
Fiz da rocha a minha cama
E descansei o meu corpo
Moído da viagem
Bebi das tuas palavras
Que trouxe comigo em pensamento
E adormeci...
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