É engraçado verificar o conforto que existe na concavidade do silêncio. Quando as palavras se escusam por já estarem demasiado gastas, sem a graça de outros tempos. De modo que, existe uma espécie de entendimento respeitosamente mudo, livre de vocábulos inúteis que só serviriam para confundir e atrapalhar o que se deseja conservar íntegro, o que só se consegue na inevitabilidade do silêncio. Portanto, evitando olhares desnecessários, gestos ou quaisquer outros descuidos que pusessem em risco um pacto desta importância.
E pensar que para muitos as palavras são as peças fundamentais, os dentes que se encaixam e fazem mover as rodinhas de uma engrenagem tão complexa da vida, a que chamam relacionamentos... um dia lá chegarão. Ou então, não!