Até parece que ainda o estou a ver: ali sentado, na sua poltrona, onde mais ninguém se sentava mesmo na sua ausência, de cachimbo fumegante a ocupar-lhe a mão direita e chapéu à Al Capone no cimo da cabeça, elegantemente equilibrado sob a ligeira inclinação para um dos lados, emprestando-lhe aquele ar de bom malandro que tudo faz por se especializar na categoria. O fato cinzento e a camisa imaculada é que destoavam das sapatilhas, que, vá-se lá saber porquê, fazia questão de usar sempre. Talvez para correr mais depressa numa situação de apuros...
A garrafita do bom e velho whisky de malte era a sua inseparável companheira, sempre pronta a afogar-lhe a sede em qualquer ocasião.
Um dia foi notícia a sua morte. Creio que ainda lá estão restos do cartaz, colados na parede da rua sem nome. Por certo que a sua alma não andará longe... o cheiro adocicado do tabaco, denuncia-o.
Um dia foi notícia a sua morte. Creio que ainda lá estão restos do cartaz, colados na parede da rua sem nome. Por certo que a sua alma não andará longe... o cheiro adocicado do tabaco, denuncia-o.
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