Inquietações da alma
Que não suporta o vazio
De um lugar frio...

Que não esquece
Que não quer esquecer
O que em tempos foi riso
Vida
Alegria
E que hoje...
...é apenas uma sombra
Que deambula nos escombros
De uma casa vazia
Tão fria...!

Por isso chora
E lambe o sal
Que lhe escorre da face
Em silêncio...

E prefere sentir
O frio lancinante
Do vazio
Que lhe trespassa o corpo
Com o gume
De uma espada
Afiada
Com que se vai alimentando...

Ao nada
Que a deixasse morrer
De fome
Por nada mais
... sentir!

31 impulsos:

Anónimo disse...

É minha está assim....

Identifiquei-me.


Gostei e voltarei.

Daniel disse...

Cleo

O teu poema é lindíssimo, como sempre. A profundidade deste é notável e sabes como aprecio boa poesia!
Beijinhos,
Daniel

AC disse...

Pois é, deslargamo-nos numa curva mas todos os caminhos lá vão dar.

E aqui estou, aqui estamos, sempre bem tu, a tua Arte, a tua Tu.

Abraço de quem te sentia a falta sem o saber

E mais uma vez parabéns por todos os feitos, orgulhosissimo de ti agora sou!

Carla disse...

inquietudes de nadas, do nada que eu sou
...saudades de passar por aqui
beijos e bom fds

Anónimo disse...

Linda a música e o vídeo...

Shadow disse...

Como sempre...ao mais alto nível (que eu tanto gosto)!
Escolha de música e imagem....fantástico!!!!

Bjs,
Shadow

Desnuda disse...

Grande intensidade, querida Cléo.

Bom fim de semana. Beijos

Por entre o luar disse...

=)

lindo!

beijinho e sorrisO*

Por entre o luar disse...

=)

lindo!

beijinho e sorrisO*

Anónimo disse...

"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."
(Clarice Lispector)
Teus poemas têm o peso de uma eternidade. Obrigado por permitires que o mundo te leia.

Menina do Rio disse...

Não há dor maior que a da alma vazia, na noite fria

Cortante esta inquietação...

Um beijo pra ti e parabéns por seres a Lusa de setembro, Cleo

Anónimo disse...

Olá!!! Achei seu blog muito interessante, visual muito bonito e além de tudo muito bom, gostaria de convidar você a visitar meu blog.

Beijos!!!



www.dionesfranchi.zip.net

Rafeiro Perfumado disse...

Lamber o sal da face (da nossa) é um exercício apenas ao alcance de muito poucos...

Beijo!

Gata Verde disse...

Espero nunca sentir esse frio...

beijos

Pelos caminhos da vida. disse...

Notável como sempre.

Uma semana de luz amiga.

bjs.

bsh disse...

Belíssimo.

http://desabafos-solitarios.blogspot.com/

ZeManel disse...

Olá Cleo
Fases há na nossa vida em que a “deambula nos escombros
De uma casa vazia, Tão fria...” se torna inevitável…
Inexoravelmente, o prazer de desfrutar da fase seguinte é incomensurável!
Lindo como sempre…
A imagem é deslumbrante!
Beijinhos

Adrielly Soares disse...

Por isso chora
E lambe o sal
Que lhe escorre da face
Em silêncio...


Já perdi a conta de quantsa vezes já chorei em silêncio. =/

o¤° SORRISO °¤o disse...

Oi Impulsos.

"Por isso chora
E lambe o sal
Que lhe escorre da face
Em silêncio..."


Inquietação, tristeza, solidão.
Para variar, LINDO!!!

Uma ótima semana para você.

Beijos mil! :-)

Nilson Barcelli disse...

Cara amiga, o poema é excelente. Nem outra coisa poderia dizer porque tu sabes fazer poesia.
Mas... às vezes há um "mas"...
Toda a gente tem inquietações e sofre por causa delas. Mas preferir sentir esse frio...
Deixo um conselho para quem tem inquietações desse tipo, um excerto de um poema meu:
"Quando as nuvens,
indiferentes, passam por nós,
fortalecemos a alma
se formos sábios a sofrer,
se não deixarmos de ver
as flores como elas são
na sombra que sobre elas se abate.
Porque o contrário
distorce o ar das coisas
e o que os nossos olhos vêem
enfraquece-nos o espírito."

Beijinhos.

as velas ardem ate ao fim disse...

Descreveste a minha alma tão bem.

um bjo

escarlate.due disse...

O poema é lindo, Impulsos, mas estou ali como o Nilson...

enorme beijo para ti, Impulsos :)

Maria Manuela Amaral disse...

Lindíssimo poema, minha amiga, lindo! E assim te deixo no teu frio, aquecendo-te o sorriso com mil beijinhos no teu coração***
Nélinha*

Trapezista disse...

O vazio é fera que consome os sentidos... é sombra que venda o olhar... é chumbo que pesa no peito. É preciso morrer por dentro, sentir a espada afiada do vazio trespassar os sentires, para poder voltar... a ressuscitar

Rui Gonçalves disse...

Dolorosamente demasiado belo.

A. Jorge disse...

Belo poema. Parabéns!

Beijos

Jorge

Daniel Aladiah disse...

Querida Cleo
Para além da beleza do poema... abrir as janelas e deixar entrar os afectos é necessário :)
Boas festas!
Um beijo
Daniel

suruka disse...

Passando por cá
em viagem para nem sei onde...

bjs

Oliver Pickwick disse...

Uma poesia-crônica dos dramas urbanos, especialmente aqueles de grande porte. A solidão em meio a grandes populações indiferentes.
Um beijo!

O Profeta disse...

Há tanto som no silêncio...



Doce beijo

Carla disse...

és alguém que emana poesia de todos os seus poros.
Parabéns
beijos