Hoje matei um poema!
Assassinei-o a sangue frio ainda antes de ele nascer, quando o apanhei distraído a desenhar-se-me no vácuo do pensamento. Asfixiei-o até ao fim e nem senti qualquer remorso pelo acto do aborto... estrangulando-lhe sem piedade as artérias das palavras medonhas que se haviam gerado contra a minha vontade após ter ingerido alguns goles de sémen envenenado pela inveja da vingança estéril, num devaneio da minha mente. Caiu redondo no chão como um fruto apodrecido muito antes do tempo...Ninguém viu nada, ninguém ouviu um só gemido que fosse. Matei-o pela calada do meu silêncio, antes que o parisse num impulso e o abandonasse à sua sorte e à luz do dia, numa qualquer valeta pestilenta onde outros o encontrassem e o matassem de desprezo...
18 impulsos:
Extremamente forte!! Gostei imenso. Beijos.
Olá ;o)))
Vim só dar-te um beijinho e dizer-te que gostei da música!
Fiquei com os "olhos" na máquina de escrever...mesmo com um poema assassinado ;(
(....)
Quantas vezes para esqucer as memorias...temos que rasgar as lembranças...
Beijo de um anjo
são os chamados "macaquinhos do sotão" detesto-os
beijo foryou
:))
demais, mas n axas q foste biolenta c o poema ?? lolol tadinho...
bexituuuuuuuuuuus pa tu da lua
Amo demais este estilo da tua escrita, muito próprio de ti! Excelente, Cleozinha!
A música é linda!
Beijinhos para uma boa semana***
Manuela Fonseca
Minha menina escreves maravilhosamente bem mas este poema é demasiado forte meche com os sentimentos um ser inofensivo que nem sequer pedio para ser gerado não se deve de brincar com tal sentimento quantas mães ao lerem o que escreveste choraram por não poderem ter um filho????
Talves até ai nas tuas LUADAS
Anónimo
Agradeço o elogio em relação à minha escrita, mas não posso deixar de corrigir a ideia errada com que ficou ao ler o que aqui escrevi.
Se vir bem, ao topo, em letras mais escuras está uma frase que diz o seguinte:
Hoje matei um poema!
Portanto não me refiro a nenhum aborto humano, mas sim a um poema que não chegou a nascer... que ficou somente pelo esboço de um pensamento...
E as Luadas não é a minha aldeia, é um pouquinho mais ao lado.
Uma foto lindíssima - tu e a natureza, este contacto que eu não dispenso, sendo ela o meu alento, a minha vontade de nela viver, renascer, e talvez ascender
Gstei do texto. Como sempre tens um estilo muito próprio que gosto.
beijos
Dolores
Pois...
Fico em silêncio.
Embasbacado de tanta beleza poética
que me fez de alguma forma estremecer.
Parabéns!
Entrei aqui no seu cantinho e fui envolvido por esta versão acústica de uma música que aprecio bastante.
Quanto a este texto, excelente escrita, com um tom bastante forte.
Abraços
Mataste? Não mataste nada. Quando se mata um poema, ele renasce noutra poesia. Se matasses um poema, não dirias que o mataste. Não há homicidas assumidos na poesia.
« Se te queres matar, porque não te queres matar? » F.P.
Se o querias mesmo matar, porque não o mataste? E o revives, aqui? Pela simples lembrança do homicidio?
Vem cá, minha cara. Deixa-me segredar-te algo:
( Psiuu... não se mata um poema... é uma hidra..)
Céu peço desculpa pelo comentário que fiz tens toda a razão está lá de facto a (Morte de um poema) mas como o fundo é preto não é muito visivel.
Mais uma vez as minhas desculpas
Sei que é mais o lado o PAI DAS DONAS a tua linda terra que te vio nascer e que deve de ter orgulho na poetisa que tem.
Um ademirador ofendido mas peço já estár perduado?
Não direi que já matei poemas (não tenho veia poética, já se sabe), mas textos que me pareciam urgentes e cheios de sentido, já foram mais que muitos! É assim, matam-se uns, mas depois nascem outros, é o que vale... :)
Que a inspiração não falte nunca, tal como o demonstra esta tua prosa poética inspirada!
Beijocas!
Foi com certeza a melhor opção...
Beijito.
um poema pode morrer às mãos de quem não sente dor, mas a poesia será eternamente, amor.
Um texto poderoso!Arrepiada!
um bjo
Enviar um comentário