Trazia uma vida inteira a pingar-lhe dos olhos. Na memória, agruras e pobrezas (tantas) que as pedras não dizem. Embrulhada na capucha negra, enxotava o frio que lhe abocanhava os ossos. Mirava ao longe a terra de onde nunca saiu, cheia de estórias de misérias de tempos idos que ninguém ouviu... Agora, que importância terá isso, se a beleza é tudo o que mais importa! Imagens a correr o mundo, a trazer autocarros cheios de gente com máquinas fotográficas e que se debulha em deslumbramentos, como se não houvesse existido passado algum e aquilo tudo já tivesse nascido assim.

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