Brothers in arms... a minha versão


Em breve o sol desaparecerá
Sinto a morte por perto...
Não me abandones ainda
Meu irmão
Dá-me a tua mão...
Deixa-me sentir o calor
Da tua mão na minha...
Só mais um pouquinho...
Os meus olhos fecharam-se
Não consigo voltar a abri-los...
O tempo acabou para mim
O negro é tudo o que me restou
Deste campo de batalha
Só um ultimo pedido te faço
Daqui a pouco
Quando me vires morto
Não me deixes aqui
Neste chão imundo
Coberto de corpos
Desta estúpida guerra...
Por favor
Leva-me daqui
Para a minha terra!
Agora vai
Vai meu irmão...
Já não me podes valer
Sentis-te-o na moleza da minha mão...
Acabei de morrer!
Vai depressa
E leva-me também...

15 impulsos:

sonhadora disse...

Desejo-te um bom fim de semana e deixo-te uma maré de beijinhos embrulhados em abraços.

Carlopfler - C. Costeira disse...

Minha querida amiga Cleo,
Que maravilhosa ideia, fazeres um poema com base numa belíssima música do meu ídolo Mark Knopfler (Dire Straits, e como ficou LINDO! Os meus mais sinceros parabéns por isso! Fiquei muito feliz com a tua ideia! Mal li o título... fiquei encantada, e quando li o conteúdo do poema mais ainda! Obrigada por este momento! Quem havia de gostar, era o Mark, eheh :) Beijinhos

Anónimo disse...

Excelente momento musical este Cleo (Dire Straits é banda de culto para mim)! E a tua versão é fiel, dura, magoada... tal como tinha de ser! Gostei muito! Beijinhos grandes...

Vício disse...

quantas vezes foram ditas, em pleno campo de batalha, palavras duras e sentidas como as que aqui deixas!

tal como os delfins cantaram um dia algo que os portugueses sentiram...

Há sempre um piano
um piano selvagem
que nos gela o coração
e nos trás a imagem
daquele inverno
naquele inferno

Há sempre a lembrança
de um olhar a sangrar
de um soldado perdido
em terras do Ultramar
por obrigação
aquela missão

Combater a selva sem saber porquê
e sentir o inferno a matar alguém
e quem regressou
guarda sensação
que lutou numa guerra sem razão...
sem razão... sem razão...

Há sempre a palavra
a palavra "nação"
os chefes trazem e usam
pra esconder a razão
da sua vontade
aquela verdade

E para eles aquele inverno
será sempre o mesmo inferno
que ninguém poderá esquecer
ter que matar ou morrer
ao sabor do vento
naquele tormento

Perguntei ao céu: será sempre assim?
poderá o inverno nunca ter um fim?
não sei responder
só talvez lembrar
o que alguém que voltou a veio contar... recordar...
recordar...

video desse(s) momento(s)

bom momento que nos deste!

Ana disse...

O desejo de quem está perto a morrer é querer voltar para onde chama "lar" seja um lugar ou alguem.
beijos

Anónimo disse...

Se o momento o exigisse, não abandonaria um "irmão", sacrificaria-me para o trazer ao seu lar, junto dos seus.
Um irmão é uma parte de nós, abandoná-lo é morrer-mos também.
Gostei deste teu momento.
Um beijinho e votos de um excelente fim de semana

mitro disse...

Gostei do poema!

Ana Luar disse...

Lindooooooo!

DELÍRIOS disse...

Recendi a perfume de flores,
Perambulei entre os pecadores,
Pedi perdão das culpas e dores,
Ao deus do amor com o pretexto
De ler nuns olhos o longo texto,
Em que a paixão fosse o contexto.
E foi com teu convincente canto
E o teu sorriso que é um encanto,
Que sequei, da busca, o pranto,
Que me fazia ser ondas de mares
Perdidas em estranhos lugares,
Até que me puseste em altares,
Cingindo-me forte pela cintura,
Beijando-me a boca com doçura.
Oh Deus! Quanto prazer e loucura,
Foi a transmissão da tua energia,
Incendiada pelo fogo da orgia
Que foi o nosso encontro nesse dia.
BJUS DE DELIRIOS....

AC disse...

E quando tu te excedes, nem o prémio excelencia te merece!

Lindo!

Silêncio © disse...

Minha querida,
Nem sei que palavras deixar...
O poema é lindissimo.

Um Beijo grande

Sha disse...

Um lindíssimo Impulso este!

Bjo fofo

Luiz Carlos Reis disse...

Cleo,

Neste front de batalha não podemos deixar que nossas forças se esgotem. A paz deve sempre perdurar acima de qualquer nacionalismo bárbaro e incoerente.

Um grande abraço!

Luiz Carlos Reis disse...

Cleo,

Neste front de batalha não podemos deixar que nossas forças se esgotem. A paz deve sempre perdurar acima de qualquer nacionalismo bárbaro e incoerente.

Um grande abraço!

Carlopfler - C. Costeira disse...

Indiquei seu poema intitulado "Brothers in Arms... a minha versão", para o " PRÊMIO CANETA DE OURO – POESIAS 'IN BLOG' 2007", idealizado por ANDRÉ L. SOARES e RITA COSTA. Para conhecer as regras desse evento:
http://poemasdeandreluis.blogspot.com/2007/08/prmio-caneta-de-ouro.html#links. Desde já desejo-lhe boa sorte. Participe, faça também as suas indicações e, juntos, vamos construir um dos maiores eventos relacionados à poesia, em blogs de idioma Português!