Gosto de remexer nos cacos da minha história, que guardei como relíquias de valor incalculável. Revolver o amontoado de lembranças, sentir o seu cheiro, que, por instantes, me levam ao sítio e ao tempo a que pertencem, fazendo com que reviva os melhores pedaços da minha vida passada, sem sentir grandes saudades dos que ainda não vieram. Talvez venham, talvez nem venham...
De quando em quando, dou longos passeios pelo que me resta do que a minha mente não apagou ainda. Só dou conta de mim, quando me vejo ali sentada de novo, no meu jardim de melancolias perfumadas a folhear os meus álbuns antigos, onde guardei alguns dos meus melhores momentos. A maior parte, são pertença da minha infancia. Uma infancia que me visita vezes sem conta e quase todos os dias.
Quedo-me em cada um deles e é aí que a magia acontece... num piscar de olhos, revejo-me do lado de dentro das imagens que me povoam o pensamento. Sou eu ali, como se estivesse sentada no sofá da minha sala, a assistir a uma cena de um filme. Só que, desta vez, trata-se do meu próprio filme. E não deve ser por acaso que desempenho o papel principal, ou não fosse eu a protagonista da minha própria vida!...
Neste filme antigo, cujo elenco ali se mantém bem vivo, apesar de já terem morrido uma boa parte deles; as cores já um pouco esbatidas pela minha memória, ainda realçam na perfeição as imagens onde me revejo, como se o tempo tivesse parado e eu nunca tivesse dali saído. É por isso que vos digo, que não tenho saudades do futuro...
Quanto mais me confronto com os anos passados, que se vão acumulando no sótão das minhas memórias, mais antigos se tornam os do futuro. E sendo assim, não tenho pressa de coisa nenhuma, muito menos de apressar o tempo, ansiando os melhores anos que nunca mais chegam... pois que esses, esses já passaram!
Poucos são os que dão por isso.
De quando em quando, dou longos passeios pelo que me resta do que a minha mente não apagou ainda. Só dou conta de mim, quando me vejo ali sentada de novo, no meu jardim de melancolias perfumadas a folhear os meus álbuns antigos, onde guardei alguns dos meus melhores momentos. A maior parte, são pertença da minha infancia. Uma infancia que me visita vezes sem conta e quase todos os dias.
Quedo-me em cada um deles e é aí que a magia acontece... num piscar de olhos, revejo-me do lado de dentro das imagens que me povoam o pensamento. Sou eu ali, como se estivesse sentada no sofá da minha sala, a assistir a uma cena de um filme. Só que, desta vez, trata-se do meu próprio filme. E não deve ser por acaso que desempenho o papel principal, ou não fosse eu a protagonista da minha própria vida!...
Neste filme antigo, cujo elenco ali se mantém bem vivo, apesar de já terem morrido uma boa parte deles; as cores já um pouco esbatidas pela minha memória, ainda realçam na perfeição as imagens onde me revejo, como se o tempo tivesse parado e eu nunca tivesse dali saído. É por isso que vos digo, que não tenho saudades do futuro...
Quanto mais me confronto com os anos passados, que se vão acumulando no sótão das minhas memórias, mais antigos se tornam os do futuro. E sendo assim, não tenho pressa de coisa nenhuma, muito menos de apressar o tempo, ansiando os melhores anos que nunca mais chegam... pois que esses, esses já passaram!
Poucos são os que dão por isso.
15 impulsos:
Como tens razão. Já tive pressa. Deixei de a ter. Tudo tem um tempo em que acontece.
Muitos beijos.
outros há que "oferecem" o papel principal a outro actor e quando olham para "o seu filme" não se encontram na história...
Como são verdade as palavras k aqui escreveste!
Os melhores anos passam por nós e nós preocupados com o k ha de vir nem nos apercebemos o quanto desperdiçamos. Contudo a idade faz nos perceber e viver a vida de outro modo.
Beijinho de lua*.*
É sempre um conforto ler-te...
Deixo um beijo com carinho
Som
Venho aqui para te oferecer um conjunto de lapis coloridos...para que em 2010 possas pintar tudo o que em 2009 foi a preto e branco...Feliz Ano Novo
Beijo d'anjo
Lembra te:
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
[Carlos Drummond de Andrade]
Bjos Bom Ano!
FELIZ ANO 2010!!
Beijinhos
Desejo um Feliz ano de 2010!
«Saudades do futuro» também eu tenho, mas há que ser comedido e aguardar!...
...Que 2010 seja uma ano cheio de momentos felizes!!
Beijinho grande
Feliz Ano Novo cheio de Paz, Saúde e Amor.
Há momentos muito bons na vida, não me parece que escolham idades. Gosto de recordar alguns do passado, também não tenho pressa no futuro. Carpe diem é mais o meu lema!
Mesmo assim não deixo de ter esperança que o futuro me traga dias muito bons! :)
Beijoca e Feliz 2010 para ti!
que 2010 lhe complete!
conte com mais um seguidor!
Estamos no mesmo barco, pelos vistos... eu também prefiro que o futuro demore muito, nem que ele seja de felicidade extrema.
O chato da questão é que isso não muda nada, o tempo continua inexorável a sua caminhada, engolindo-nos progressivamente.
Mas a paz interior é muito maior.
Um belo texto, querida amiga. Que nos faz reflectir um pouco sobre o ontem e o amanhã.
Beijos.
A memória não se esconde...sobretudo a boa. Está ali ao alcance de um gesto lento ou apressado.
A pressa de fazer memórias boas atrasa-nos o caminhar...e " as pequenas mudanças são as que mais importam"
Miguel
Querida L
Os melhores anos são os que estão para vir. Só nessa esperança vale a pena viver. O passado fez-nos como somos agora. Fortaleceu-nos e deu-nos exeriência para sabermos melhor lidar com o bom e com o mau. Agora, urge fruir (quem pode, obviamente) e construir um mundo (talvez só o nosso) melhor.
Um beijo
Daniel
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